Caminhávamos os dois ao fim do dia. Nada como um gelado ao pôr-do-sol. Os meus passos seguindo os teus passos, esmagando a tua fina pegada na areia molhada. O perfil da tua carne branca numa toalha azul. “Passa para a frente. Quero seguir teus passos agora.” Corri até me perder e nesse espaço de tempo o avião explodiu no ar. Transformou-se em segundos numa bola de fogo, fumo e combustíveis fosseis; nenhum passageiro sobreviveu. Até hoje ninguém sabe ao certo o que desencadeou a explosão, embora se fale pelos corredores e hangares da companhia aérea em ataque terrorista? Falha mecânica? Ouço o teu nome na garganta de um pássaro, não são bem as sílabas do teu nome mas é por ti que ele chama.
5 comentários:
Nuno, esta última frase é belíssima, belíssima.
Andava há dias para dizer-te isso, não sabia como.
Aquele abraço.
obrigado Francisco, tão dificil como dar um elogio é por vezes recebe-lo.
Quem era o puto que estava contigo?
é mesmo isso...não são bem as sílabas do teu nome...mas é por ti que ele chama!
*PORRA!!!*
Chega a arrepiar...
Obrigado e bem-vindo...andastes uns tempos desaparecido.
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