sábado, abril 29, 2006

Canções 9

PINK FLOYD

Nobody Home

I've got a little black book with my poems in.
Got a bag with a toothbrush and a comb in.
When I'm a good dog, they sometimes throw me a bone in.
I got elastic bands keepin my shoes on.
Got those swollen hand blues.
Got thirteen channels of shit on the T.V. to choose from.
I've got electric light.And I've got second sight.
And amazing powers of observation.
And that is how I know
When I try to get through
On the telephone to you
There'll be nobody home.
I've got the obligatory Hendrix perm.
And the inevitable pinhole burns
All down the front of my favorite satin shirt.
I've got nicotine stains on my fingers.
I've got a silver spoon on a chain.
I've got a grand piano to prop up my mortal remains.
I've got wild staring eyes.
And I've got a strong urge to fly.
But I got nowhere to fly to.
Ooooh, Babe when I pick up the phone
There's still nobody home.
I've got a pair of Gohills bootsand I got fading roots.
Volto sempre ao Roger Waters quando me sinto assim...

sexta-feira, abril 28, 2006

Poema

Ela entrou com embaraço, tentou sorrir, e perguntou tristemente - se eu a reconhecia?
O aspecto carnavalesco lhe vinha menos do frangalho de fantasia do que do seu ar de extrema penúria. Fez por parecer alegre. Mas o sorriso se lhe transmudou em ricto amargo. E os olhos ficaram baços, como duas poças de água suja... Então, para cortar o soluço que advinhei subindo de sua garganta, puxei-a para ao pé de mim e, com doçura:
- Tu és a minha esperança de felicidade e cada dia que passa eu te quero mais, com perdida volúpia, com desesperação e angústia...


Manuel Bandeira (1886 - 1968)

domingo, abril 23, 2006

A minha cidade campeã.

A minha cidade está em ebulição. Ouço buzinas no meu jardim, perto, longe. Um todo de buzinas como um zumbido. O Porto é campeão, o meu clube, a minha cidade. Não fui para a baixa, tenho uma filhota que ainda não entende nada de bola e por mim pouco vai ficar a entender, desde que seja do FCP. Não desejo mal aos meus adversários mas no ano passado custou-me ouvir umas buzinadelas esporádicas na rua, é como se o meu vizinho ficasse com a promoção no emprego e viesse festejar para a porta da minha casa.
Lembro-me quando o meu irmão tinha 13 anos e numa noite de S.João, perguntou inocente ao meu pai: “Este ano não ouve aquela festa antes do S.João?” A festa era o Porto campeão, foi o Boavista e bem aja também. A cidade também vibrou.
Viva a minha cidade campeã!

sexta-feira, abril 21, 2006

Novo blog

o blog onossocalao.blogspot.com é uma aventura falada. Tudo que dizemos mas que não vem no diccionário, às vezes até vem. É a aventura que decidi iniciar em paralelo com o buraco. Lembram-se de alguma expressão curiosa?

segunda-feira, abril 17, 2006

Porto

O holandês ganhou o derby que realmente interessava e isso é tudo que interessa agora.



Are you talking to me?

quinta-feira, abril 13, 2006

Fumar Mata

Acabemos com o fumo nos locais de trabalho. Já agora acabemos com a imbecibilidade humana também, acabemos com a poluição sonora que é ouvir algumas pessoas falar e acabemos também, com as roupas pindéricas e penteados desastrosos que por certo tiram anos de vida a muito gente incauta que olha sem querer, acabemos com o mau hálito do vizinho da secretária ao lado e acabemos de vez com os politícos, juizes embargadores e árbitros de futebol. A Isabel não sei quê, podia também desaparecer, da televisão. Acabemos com os condutores de domingo, anos de vida nos são tirados por essa espécie perfeccionista e piquinhas. Acabemos com as multas. Porra é tão fácil, afundamos o país, façamos dos castigos corporais lei, batiamos nas crianças sem distinção e carimbar isso noutra lei, acabemos com os bons pais de família porque é também de lei e reconquistemos tudo outra vez. Acabemos com desabafos assim mal escritos e desaguemos para outro parágrafo antes que alguém acabe comigo.

quarta-feira, abril 12, 2006

Espuma dos dias

O único romance que tenho com o meu emprego é cheque ao fim do mês.

sexta-feira, abril 07, 2006

Os copos dançam

Três copos no balcão dançam,
A balada dos perdidos,
Batons vermelhos no escuro
Abrem-se em sorrisos duros.
Já fomos muito mais
Heróicos nas batalhas travadas,
Armas com cravos exportávamos,
Gente era gente não uma patente.

terça-feira, abril 04, 2006

Ouço um autocarro na noite

Ouço um autocarro na noite,
Ofegante na desacelaração em desabafo,
Lambe a curva apertada
Antes da acelaração desesperada,
Rasgando passados esquecendo promessas,
Para a frente é que é estrada.

Quem levará aquele carro,
A esta hora da madrugada?
Que Porto procuram os viajantes?
Preferem crescer embriegados
Dos crescidos adultos mutilados,
Ou presos no cansaço de um coração tardio?

Decidi, quero entrar,
Não espero nem mais um segundo,
Parem o mundo que quero meter o pé,
E como um intruso participar,
Nesta farsa burlesca, deveras dantesca.
Coluna direita, olhos em frente.

segunda-feira, abril 03, 2006

Canção de amigo

Meu amigo não dispensa
Três dedos de bilhar,
Uma cerveja fresca,
Na esplanada junto ao mar.
Não conta as estrelas
Mas tem jeito de sonhador,
Um sorriso franco,
Que se confunde com Amor.

Não entra em discussões
Que sabe vai perder,
Prefere a mulher fresca
Que passa a correr.
Tem um coração ingénuo
Impossível de mal tratar,
Mas se o caldo se entorna,
Mete o punho até estalar.

Gostava um dia de ser
Alguém forte como ele,
A vida não lhe mete medo
Seja qual for o enredo.
O sorriso no canto da boca
De quem nada pode perder,
Porque cresceu sem nada
E tudo parece ter.

domingo, abril 02, 2006

Parque Biológico de Gaia







Sugestão para domingo solarengo