Vivo no maior condomínio privado do mundo
Neste mar imenso de prosperidade e riqueza,
Mas não suporto o deformado rosto no espelho,
Que é o da minha própria avareza.
Nas fronteiras, antes aventura,
Nasce agora o arame farpado o betão,
Onde um cartaz pintado de fresco anuncia
Não há lugar para mais nenhum.
Não nasci clandestino
Porque quando a roleta girou,
Para este lado me lançou.
Do outro lado espreitam,
Olhos de esperança e fome,
Milhões de rostos sem nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário