As coisas que se descobrem quando se muda de casa. Corria o ano de 1987, tinha motivos para sorrir. Foi o ano do calcanhar do Madjer, a mais saborosa Taça dos Campeões Europeus, é verdade, a primeira é quase sempre a melhor. Rabat Ajax, Victovik, Brondby, Dinamo de Kiev, vi esta meia-final nas bancadas das Antas, sem conseguir por os pés nos chão. No dia do Bayern fui para o palácio de cristal e vi o jogo numa mesa do café, o écran gigante afinal não funcionou. Á primeira desilusão seguiu-se um golo que fez história. Ao meu lado, o Bexigas, famoso adepto portista, viajante companheiro do 52 Aliados, deu-me um abraço que me deixou marcas nas costelas durante meses, mas quem queria saber disso para alguma coisa, voaram canecas e mesas, quando Juary marcou o segundo o café explodiu. Gente até ali estranha, beijava-se e cumprimentava-se, a Taça era de todos nós e o povo foi para a baixa. Sou do clube da minha terra, sou também do Ramaldense e do Campinas logo a seguir. Também gosto um bocadinho do Boavista, o estádio do Bessa mesmo ao lado de onde nasci e a minha avó e os meus tios que me cantavam o hino xadrez, mas isso não se pode dizer a ninguém!
1 comentário:
Foi nessa saborosa taça que tambem eu fiquei simpatizante do clube da minha cidade por influencias de uma tia "ferrenha"....
e como alguem ja o disse: " foi bonita a festa!"
beijoca:)
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