Por falar em Velvet Underground, existia na escola preparatória Gomes Teixeira, quando para lá fui estudar, 82/83, uma grafite em letras brancas corridas, virada para a rua Júlio Dinis, que alertava os transeuntes dizendo: “Heroin, it’s my life, it’s my wife!”. Aquela frase fora do contexto sempre intrigou os meus 12, 13 anos; que mulher, que heroína inspiraria tamanha devoção? Mais tarde descobri o grito de Lou Reed e com ele veio a guerra, as mutilações, os petardos a caírem sem piedade no meu bairro, abrindo intransponíveis crateras entre famílias e amigos.
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