Raymond Carver nasceu em 1938, no seio de uma família muito pobre. Empregou-se numa serração de madeira e, aos 19 anos, casou. Para sustentar a família foi porteiro de um hospital, vendedor de enciclopédias, motorista de pesados, empregado numa bomba de gasolina, etc.., conseguindo, porém, tempo para frequentar um curso de "escrita criativa". Após vários dramas provocados pelo seu alcoolismo, a mulher deixou-o definitivamente em 1977. Conheceu a poetisa Tess Galagher, com quem partilhou os últimos onze anos da sua vida. "Queres fazer o favor de te calares?" (Teorema, 1989), "De que falamos quando falamos de Amor" (Teorema, 1987) e "Catedral" (Teorema, 1983), são os livros de contos mais conhecidos entre nós. Infelizmente, já não conseguiu vir a Lisboa, onde o esperávamos em Outubro de 1988. A morte prematura, em consequência de um cancro, levou-o a 2 de Agosto de 1988.
Um dos contistas norte-americanos que realmente me ficou na alma. Muitas passagens dos seus textos aparecem na minha cabeça sem serem convidados e em ocasiões estranhas e inoportunas. Raymond Carver não é fácil, pelo contrário é chato, é provocante, é intrigante mas quem quiser ler para não ficar como estava, os contos de Raymond Carver contém a promessa de não deixar ninguém emocionalmente ileso.
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