sábado, março 15, 2008

Sam Shepard

Foi em 1943 que Sam Shepard nasceu. O seu pai era piloto da força aérea e os anos em que passou perseguindo o pai de base para base causaram-lhe forte impressão, senão os temas para as suas primeiras peças dramáticas: "Eu sinto que nunca tive uma casa, compreendem? Sinto-me ligado a este pais, mas nunca sei exactamente onde pertenço...Existe sempre este nostalgia por um lugar, um lugar onde consiga encontrar-me comigo mesmo."
Estes dados biográficos de Sam Shepard, retirados de http://www.todayinliterature.com/biography/sam.shepard.asp#top, são exactamente as sensações que retiro quando leio as suas peças ou os seus contos, uma permanente procura de algo que teima em nunca chegar, as corridas infernais, mesmo dentro de um pequeno espaço, nas peças de teatro, ou em planícies a perder de vista, com rancheiros, cowboys e gente deslocada no espaço e no tempo, como primordialmente acontece nos seus contos, são fruto desta ausência de sentido de pertença muito vincado na obra de Shepard. Para quem quiser conhecer um pouco da obra deste autor sugiro estas obras.
Crónicas Americanas (Motel Chronicles), da Difel, revela o mundo vertiginoso e por vezes surpreendente do homem, por detrás das peças que tornaram Sam Shepard uma lenda viva do teatro contemporâneo. Shepard escreve neste livro pequenas crónicas autobiográficas – o nascimento em Illinois, memórias da infância na base militar de Guam, em Pasadena e na Califórnia do Sul, as suas aventuras como rancheiro, criado de mesa, músico de rock, dramaturgo e actor de cinema.Muitos temas deste livro estão na base da peça Superstitions e de Paris, Texas, o filme de Wim Wenders de cujo argumento é autor e que, em 1984, recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Loucos por Amor (Fool For Love), da Relógio D'Água é uma peça teatral que contém algumas das histórias mais intensas e comoventes que Sam Shepard escreveu. Shepard cria dois personagens, May e Eddie, enredados na força de um desejo que não pode ser satisfeito.

1 comentário:

francisco carvalho disse...

Olá, Nuno!
E então que sejas bem regressado!
Tentarei vir por aqui com regularidade. (Quanto ao resto, bem sei que estou em falta contigo...)

Aquele abraço
;)