Era muito pequeno, tinha dois anitos. Lembro-me de festejar o 1 de Maio com os meus pais na Avenida da Liberdade, no ano em que tudo correu mal e a polícia agrediu jovens e velhos. Ouvi contar as manobras que o meu pai fez para não ir para ultramar lutar por uma guerra em que não acreditava. Por pouco não sou Francês de Paris de França. Tudo se resolveu e o meu pai lá seguiu para os açores onde salvo erro penou dois ou três anos. A alegria era finalmente gritada pelas ruas. Nunca a recordação do 25 de ABRIL foi tão necessária como agora, quando nos obrigam a concordar com Tratados Europeus e etc e tal, que não sabemos bem o que são. Quando nos impigem uma teoria de educação podre e minada do salve quem puder, alunos incluídos, uma precariedade no trabalho, a subjugação, a denúncia etc e tal. A liberdade é o que faz de nós homens e temos obrigação de a exigir. NÃO ME OBRIGEM A VIR PARA A RUA GRITAR!
Depois de fuzilado
ao levar
o tiro na nuca pra acabar
chateou-se
e viu-se obrigado
a explicar
ao major
que comandava o pelotão
que o tinha fuzilado
por favor
preste atenção
e não me obrigue a repetir
a repreensão
na próxima vez
que mandar matar
dê tempo ao morto
pra gritar
convicto
um último viva a revolução.
"Contos do Gin-Tonic", Mário-Henrique Leiria
Amanhã lá estarei no Dragão, com seis pontos ou não. Custa engolir a treta dos pontos vinda de uma justiça com ânsia de vingança. Custa engolir coisas como o que ouvi um "comentador" dizer na televisão, que seis pontos não compensam vinte anos. Quem não reconhece o mérito do FCP ao longo destes vintes anos não é "comentador", mas sim um escroque revoltado. Vamos para o TRI Campeão, com ou sem seis pontos, eu digo Campeão porque mesmo se o Porto perdesse todos os jogos até ao fim do campeonato ninguém conseguia chegar perto.
De vez em quando a humanidade é abençoado por profetas, por verdadeiros Homens que não se guiam por interesses, preconceitos e parecem pairar em cima de todos nós, comuns mortais. Homens que conseguem imaginar a humanidade como uma só, sem brechas nem sofismas. Martin Luther King permanece um exemplo para a Humanidade. O vídeo é um discurso arrebatador, nem acho que vale a pena ver o Homem que o profere, é irrelevante. É o discurso mais sentido, sem cábulas, porque está tudo lá, a luz, a humanidade, a partida e a chegada, nem sequer é preciso ler nas entrelinhas, porque não tem entrelinhas. O futuro da humanidade não pode andar muito longe destas palavras sábias. Os filhos de Martin Luther King, são os meus filhos também. "I have a dream that my four childrens will one day live in a nation (WORLD) where they will not be judge by the color of there skin (BY NO APPEARANCE) but by the content of their character". Faz hoje quarenta anos que um cobarde seco de esperança como um cadáver ao sol, matou Martin Luther King. Aprendemos alguma coisa?
http://youtube.com/watch?v=IWTKZLKWYHE (Não consegui incluir o vídeo e depois de muita luta com o HTML, achei melhor deixar aqui o endereço)