domingo, março 30, 2008
Blaise Cendrars, Aventureiro e Escritor
sexta-feira, março 28, 2008
10 canções - parte 6/10
Pixies - Gigantic
A banda que me salvou a vida. Não literalmente claro, mas que me ajudou a perceber que o rock ´n´roll não estava morto. Anos noventa parece-me, mas não posso ter a certeza absoluta desse facto. O que posso ter a certeza absoluta é que os Pixies apareceram com o álbum Surfer Rosa (1988) quando já ninguém esperava por eles, e com isso, ajudaram na pós-revolução que segurou o rock, não o deixando desfalecer em lenta agonia, inflamando-o de ar fresco e puro que se prolongou talvez, até ao Nevermind dos Nirvana. Os Pixies são, e confesso agora e talvez nunca mais, a minha banda preferida de todos os tempos; se disserem que eu disse isto, eu desminto categoricamente. Escolhi esta música porque é cantada pela Kim Deal, desculpa Black Francis, eras tu ou o Lou Reed. Eu explico. Aqui a escolha está ligada ao facto doloroso de a próxima música nesta lista, não ser a Nico, dos Velvet Underground a cantar "I´ll Be Your Mirror", mas tinha de misturar a sedução feminina neste enredo, sem a vossa suavidade e encanto todas estas as listas ficam amputadas. A verdade, é que podia ter escolhido uma dezena de músicas dos Pixies, enfim todas.
quinta-feira, março 27, 2008
Pequim 2008
quarta-feira, março 26, 2008
Henry Miller, 1952
terça-feira, março 25, 2008
10 canções - parte 5/10
U2 - Running to Stand Still
sábado, março 22, 2008
10 canções - parte 4/10
Ramones - Do You Remember Rock´n´Roll Radio
Os Ramones são do tempo das rádios piratas aqui no Porto, como a Rádio Caos (93.4 MHz) na Praça da República ou da Rádio Cultura (90.0 Mhz) no Marquês. Existia um programa, emitido pela Caos, todos os fins de tarde, que tinha como genérico a música dos Ramones, Do You Remember Rock ´n´Roll Radio. Cheguei nessa altura, com um amigo mais velho, a fazer alguns programas na Caos (tinhamos praticamente de pagar para manter o programa). Durante essas sessões fiquei a conhecer mais bandas do que até então. Aliás nunca tinha visto tantos discos juntos em toda a minha vida. Joy Division, Durutti Column, Echo And The Bunnymen, Killing Joke, U2, Cabaret Voltaire, Devo, The Fall, The Sonics, The Who, Bauhaus, entre muitas outras bandas que explodiam numa Inglaterra infestada pelo liberalismo de Thatcher e do pós-punk. Os Ramones são americanos mas marcam a minha passagem entre o punk e o pós-punk, a viragem para outro tipo de som, outras letras, outras músicas, o percurso até ai feito de dentro para fora, começou a fazer-se no sentido inverso. A quarta música é o Do You Remember Rock ´n´ Roll Radio para dançarem ai em casa, eu vou concerteza.
sexta-feira, março 21, 2008
10 canções - parte 3/10
Seria muito injusto não referir a paixão que senti pelas músicas do Bruce Springsteen. Quase ao mesmo tempo do punk, aqui a ordem cronológica pode não ser a exacta, andei a coleccionar discos do Boss. A América fascinava-me na altura, ainda me fascina agora, e nada melhor do que as letras dos primeiros álbuns do Springsteen para sorver um pouco dessa terra tão distante e cheia de mistérios. Conheci a sua música quando foi lançado o mega-super estrondoso e lider de tops de vendas, Born In The U.S.A (1986), mas os discos antes desse são mais carne e sangue, mais sentimento, mais reais, mais a América desconhecida dos desalentos e terras prometidas. As auto-estradas que cruzam terriolas perdidas são a última salvação para quem quer fugir do vazio e partir atrás do sonho. Amores desavindos, filhos não programados, pessoas desempregadas e casas com hipotecas demasiado caras, gente que perde o norte e invariavelmente parte, gente como a gente realmente é. Curiosamente, ou não, foi através de pesquisas sobre o Springsteen que fiquei a conhecer escritores como Jack Kerouac e Jack London, cinestras como Coppola e os irmãos Coen e músicos como Elvis Costelo e Tom Waits, estavam os três num disco que comprei em homenagem a Roy Orbinson, chamado Roy Orbinson and Friends. O que sei sobre a América tem as suas raizes na música de Springsteen e se existe alguma canção que melhor junta as facetas da sua música é Thunder Road (1975), que fica aqui como a terceira música. Uma justa referência ao álbum Nebraska (1982), todo ele acústico e o único que ainda ouço com prazer hoje em dia.
quinta-feira, março 20, 2008
10 canções - parte 2/10
Tha Clash - Spanish Bombs
quarta-feira, março 19, 2008
10 canções - parte 1/10
Sérgio Godinho - Com Um Brilhozinho Nos Olhos
terça-feira, março 18, 2008
The Black Keys
The Big Come Up (2002)
Thickfreakness (2003)
Rubber Factory (2004)
Magic Potion (2006)
Attack & Release (2008)
The Black Keys_the lengths
domingo, março 16, 2008
Amy Winehouse & Joss Stone
Porque que é que o público americano prestou mais reverência e entusiasmo a Amy? Porque ela é aquilo que uma cantora de blues tem de ser. Aquele redemoinho anárquico que gira na vida privada de Amy, é o que todos queremos ver. As drogas, o álcool, namorado na prisão, clínicas de reabilitação todos os meses. Ela sim tem o direito para cantar os Blues. Terá? Ela sofre o suficiente para a sua voz conter a angústia dos Blues. Sofrerá?
Quem tem direito a quê? Parece-me, de facto, e dou o braço a torcer, que sinto mais a rua, o sangue e a ruína emocional na voz de Amy, do que na de Joss Stone. Serão as letras das músicas? Será impressão? Será indução? Quem sabe? Talvez não seja realmente possível uma miúda sem calos ter a mesma voz de Aretha Franklin. E Amy será uma miúda mimada? Existe sempre qualquer coisa, qualquer coisa que vem de dentro, mas de tão dentro que é impossível imitar. Talvez nada disto tenha importância alguma para quem ouve com prazer a música de ambas. Mas a história, esse rolo compressor, dirá de sua justiça daqui a quase nada.
sábado, março 15, 2008
Sam Shepard
sexta-feira, março 14, 2008
Raymond Carver
Raymond Carver nasceu em 1938, no seio de uma família muito pobre. Empregou-se numa serração de madeira e, aos 19 anos, casou. Para sustentar a família foi porteiro de um hospital, vendedor de enciclopédias, motorista de pesados, empregado numa bomba de gasolina, etc.., conseguindo, porém, tempo para frequentar um curso de "escrita criativa". Após vários dramas provocados pelo seu alcoolismo, a mulher deixou-o definitivamente em 1977. Conheceu a poetisa Tess Galagher, com quem partilhou os últimos onze anos da sua vida. "Queres fazer o favor de te calares?" (Teorema, 1989), "De que falamos quando falamos de Amor" (Teorema, 1987) e "Catedral" (Teorema, 1983), são os livros de contos mais conhecidos entre nós. Infelizmente, já não conseguiu vir a Lisboa, onde o esperávamos em Outubro de 1988. A morte prematura, em consequência de um cancro, levou-o a 2 de Agosto de 1988.